Revisão Bibliográfica:
Segundo Ferraro e Soares,
1991, associamos energia a movimento. Um corpo em movimento possui
energia, tal energia é denominada energia
cinética. Mesmo estando em repouso, um corpo pode possuir energia apenas em
função da posição que ele ocupa e denominamos essa energia de energia potencial gravitacional. Cada
forma de energia relaciona-se com a realização de trabalho. É possível dizer,
então, que o trabalho é uma medida de energia transferida ou transformada , portanto,
a unidade de energia é a mesma de trabalho: o
joule ( J), no SI.
Princípio da
Conservação da Energia Mecânica:
Entre os tipos de energia há
uma constante transformação. Num corpo que cai, numa mola comprimida, há
conversão de energia potencial em energia cinética. Na transformação energética
não há criação ou destruição de energia. Há somente uma mudança no estado de
manifestar-se, então, o total de energia existente antes da transformação é
igual ao total de energia obtido após a transformação.
Desprezando-se as forças
dissipativas, como atritos e resistência do ar, um corpo, durante seu
movimento, temos a figura 1:
Energia
Cinética (Ec):
Segundo Kahuzito, Fuke e
Carlos, 1993, para que um corpo esteja em movimento em relação a um dado
referencial é preciso que haja uma forma de energia denominada energia
cinética. Sendo m a massa do corpo e v a velocidade num dado instante, a
energia cinética é dada pela seguinte expressão:
Observe que, a energia cinética de um corpo de massa m varia na razão direta do quadrado de
sua velocidade.
Energia
Potencial Gravitacional (Epg):
Segundo Ferraro e Soares, 1991, a energia associada a um
corpo em função de sua posição é denominada energia potencial (Ep).
Essa energia está relacionada a trabalhos que independem da trajetória
descrita, como o da força peso (Ƭ = m.g.h).
A energia associada à sua
posição em relação à Terra, ainda não transformada na forma útil, denominamos
energia potencial gravitacional, que, é medida pelo trabalho realizado pelo
peso, na qual temos a expressão:
É importante acentuar que a energia potencial
gravitacional depende do nível de referência a partir do qual é medida a altura
h.
Atrito
Segundo Kahuzito, Fuke e Carlos, 1993, as superfícies dos
corpos, por mais polidas que possam parecer, apresentam rugosidades quando
analisada microscopicamente. Em consequência, se duas superfícies em contato,
que se comprimem, apresentam tendência a moverem-se uma em relação a outra,
surge então a Força de Atrito (Fat).
Enquanto as superfícies não
entram em movimento relativo, o atrito é estático.
Quando deixam o estado de repouso relativo, o atrito passa a ser dinâmico ou cinético.
A força de atrito é uma força
tangencial à trajetória e tem sempre o sentido oposto ao movimento (ou à tendência
de movimento).
Segundo Ferraro, Soares e
Ramalho, 2002, quando há movimento, demonstra-se que a intensidade da força de
atrito, dentro de uma boa aproximação, é proporcional à intensidade da força
normal:
onde µ é uma constante de proporcionalidade
denominada Coeficiente de atrito, neste caso, dinâmico.
A
força normal é uma
força de reação que a superfície faz em um corpo que esteja em contato com
esta, essa força é normal à superfície. Um corpo qualquer ao entrar em contato
com a superfície de outro e a comprimi-la aplicará uma força nessa superfície e
de acordo com a 3ª Lei de Newton haverá um reação que é exatamente a força normal.
A força de atrito tem
intensidade igual à da força solicitador F
enquanto não houver movimento. Se F
continuar crescendo, a força de atrito tende a crescer até atingir seu valor
máximo e o corpo ficará na iminência de movimento.
Então, a máxima intensidade da força de atrito estático, e que corresponde à
iminência de movimento, é dada por:
onde µ é uma constante de proporcionalidade chamada Coeficiente de atrito, neste caso, estático.
Força de
Resistência do Ar
Analisando-se, especificamente, a força de resistência do
ar (Rar) oferecida contra corpos em movimento, conclui-se
experimentalmente que sua intensidade é proporcional ao quadrado da velocidade
do corpo, temos então:
onde C = constante de proporcionalidade, que
depende da forma do corpo e da maior área da seção transversal do corpo
perpendicular à direção do movimento.
Bibliografia:
- FERRARO, N. G. e SOARES, P. A. de T. Aulas de física 1: mecânica. 17.ed. São Paulo: Atual, 1991.
- FERRARO, N. G. e SOARES, P. A. de T. Aulas de física 1: mecânica. 17.ed. São Paulo: Atual, 1991.
- RAMALHO, F. J.; FERRARO, N. G. e SOARES, P. A. de T. Os Fundamentos da Física 1: mecânica. 7.ed. São Paulo: Moderna, 1999.
- YAKAMOTO, K. FUKE, L. F. e SHIGEKIYO, C. T. Os Alicerces da Física: mecânica. 6.ed. São Paulo: Saraiva, 1993.
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