Objetivos:
Verificar
a passagem de corrente elétrica, segundo a Lei de Ohm, por diversos tipos de
materiais, dependendo da natureza do qual é constituído, observando a
resistência do material.
Revisão
de Literatura:
Segundo Xavier e
Barreto, 2010, o sentido da corrente elétrica é do polo positivo para o polo
negativo, e para que haja uma corrente contínua, esta deve apresentar (i)
intensidade constante.
A intensidade da
corrente elétrica é definida pela quantidade de carga elétrica que passa pela
seção transversal de um fio condutor por uma unidade de tempo, ou seja:
Para
termos uma corrente elétrica, onde as cargas se movimentam de maneira ordenada,
é preciso haver uma diferença de potencial entre as duas extremidades de um fio
condutor, então, chamamos de circuito elétrico o movimento de uma corrente
elétrica pelos condutores entre os dois terminais de uma fonte de tensão.
Quando
uma corrente elétrica percorre um circuito ou um resitor, parte de sua energia
elétrica é convertida em calor, e isso recebe o nome de efeito Joule.
Chamamos de resistor o
dispositivo utilizado nos circuitos, que possui função de transformar energia
elétrica em energia térmica (Efeito Joule) e dificultar a passagem de corrente
elétrica. Entende-se
essa dificuldade de passagem de corrente como sendo sua resistência elétrica.
Em geral, representamos a presença de um resitor pelo esquema a seguir:
Geoge
Simon Ohm verificou que a diferença de potencial (U) e a intensidade de
corrente (i) são diretamete proporcionais. De fato, para uma mesma diferença de
potencial, o aumento da resistência elétrica em um circuito provoca a queda da
intensidade da corrente elétrica que o percorre. Essa relação é conhecida como
Lei de Ohm.
Dados
Obtidos:
Foram
realizados cinco experimentos no intuito de determinar o tipo de resistor:
ôhmico e não-ôhmico.
Experimento 1:
Materiais
utilizados:
- 2 Multímetros
- Fonte de corrente contínua
- Resistor de fio (12R)
- 4 Cabos banada-banana/jacaré
- 2 Multímetros
- Fonte de corrente contínua
- Resistor de fio (12R)
- 4 Cabos banada-banana/jacaré
A
Figura 1 apresenta os resultados das medidas de intensidade de corrente
elétrica (i) e diferença de potencial (ddp), obtidos em um resistor de fio de
resistência nominal de 12 ohms.
Figura 1 – Gráfico
da corrente versus ddp para resistor
de fio.
A resistência
estimada, a partir da equação de regressão, foi de 11,9 ohms.
Experimento 2
Materiais utilizados:
- 2 Multímetros
- Fonte de corrente contínua
- 1 Lâmpada incandescente (filamento de Tungstênio)
- 4 Cabos banada-banana/jacaré
A Figura 2 apresenta
os resultados das medidas de intensidade de corrente elétrica (i) e diferença
de potencial (ddp), obtidos em uma lâmpada incandescente.
Experimento 3
Materiais
utilizados:
- 2 Multímetros
- Fonte de corrente contínua
- Resistor - filme de carbono
- 4 cabos banada-banana/jacaré
- 2 Multímetros
- Fonte de corrente contínua
- Resistor - filme de carbono
- 4 cabos banada-banana/jacaré
A Figura 3 apresenta
os resultados obtidos em um resistor de filme de carbono, a partir das medidas
de intensidade de corrente elétrica (i) e diferença de potencial (ddp).
Figura 3 - Gráfico
da corrente versus ddp para resistor
de filme de carbono.
A resistência
estimada, a partir da equação de regressão, foi de 3283 ohms e o valor nominal
era de 3320 ohms. O valor estimado é 1,1% inferior ao valor nominal.
Experimento 4
Materiais
utilizados:
- 2 Multímetros
- Fonte de corrente contínua
- 1 Grafite
- 4 cabos banada-banana/jacaré
- 2 Multímetros
- Fonte de corrente contínua
- 1 Grafite
- 4 cabos banada-banana/jacaré
A Figura 4 apresenta os dados das medidas de intensidade de corrente
elétrica (i) e diferença de potencial (ddp), obtidos em um resistor de grafite.
Figura 4 –
Gráfico da corrente versus ddp em um
grafite.
A resistência
estimada, a partir da equação de regressão, foi de 3,4 ohms.
Experimento 5
Materiais
utilizados:
- 2 Multímetros
- Fonte de corrente contínua
- Resistor de chuveiro (níquel + cromo)
- 4 Cabos banada-banana/jacaré
- 2 Multímetros
- Fonte de corrente contínua
- Resistor de chuveiro (níquel + cromo)
- 4 Cabos banada-banana/jacaré
A Figura 5 apresenta
os dados obtidos em um resistor de chuveiro (nicromo), a partir das medidas de
intensidade de corrente elétrica (i) e diferença de potencial (ddp).
A
resistência estimada, a partir da equação de regressão, foi de 7,9 ohms.
Análise
de Dados
Conforme a Figura 1,
verificou-se que a resistência elétrica se manteve constante em relação à ddp aplicada
sobre o resistor de fio, isso demonstra que o mesmo é relativamente um bom
condutor (12 ohms nominal) e segue a linha de proporcionalidade da lei de Ohm.
Verificou-se no
experimento 2, com base no estudo de corrente elétrica, que a lâmpada não seguiu
o padrão ôhmico devido a seu filamento ser feito de metal e por isso não há
proporcionalidade entre a passagem de corrente elétrica (A) e a ddp (V), então
dizemos que a lâmpada é um resistor não-ôhmico e seu gráfico representa uma
curva.
Verificou-se que o
experimento 3 com filme de carbono, consiste em um resistor ôhmico e de grande
proporcionalidade entre a ddp e a corrente elétrica, por isso seu gráfico
representa uma linha reta e o coeficiente de determinação (R^2) aproxima-se de 1.
No experimento com o
grafite, muito utilizado em baterias e eletrodos, verificou-se que ele consiste
em um resistor ôhmico, onde a função da ddp em razão da corrente elétrica é
linear.
Verificou-se no
experimento com o resistor de nicromo, que este apresentou uma pequena variação
entre as grandezas escalares, mas não fugiu a proporcionalidade entre os
valores da ddp e da corrente elétrica, e por isso segue a lei de Ohm e se
classifica como um resistor ôhmico.
Conclusão
Chega-se a conclusão que
os resistores de fio, de filme de carbono, de grafite e de chuveiro seguem a
linha de proporcionalidade da Lei de Ohm, e por isso se classificam como
resistores ohmicos. Somente o filamento de tungstênio, da lâmpada
incandescente, não tem comportamento ôhmico, ou seja, a resistência elétrica
não é função linear da ddp e da corrente elétrica.
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